Após cirurgia cardíaca e um longo período de internação, paciente manifesta seu agradecimento
O pastor José de Arimateia enviou um depoimento relatando sua experiência e gratidão com equipe do Hospital Dom Orione
No Estado do Tocantins e região, o Hospital Dom Orione é referência em procedimentos de alta complexidade, como cirurgias cardiovasculares, endovasculares, hemodinâmicas e embolizações. O pastor José de Arimateia foi um dos pacientes que recentemente precisou desses cuidados e enviou um comovente depoimento relatando sua experiência e gratidão com a equipe multiprofissional do hospital.
O paciente foi submetido a uma cirurgia de revascularização do miocárdio, também conhecida como cirurgia de ponte de safena. O objetivo do procedimento é melhorar o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco em pessoas que apresentam obstruções graves nas artérias do coração (coronárias).
Logo após a alta, José de Arimateia externou para a equipe do Hospital Dom Orione o que representou sua passagem pela unidade. “Aqui Deus continuou me mostrando a sua misericórdia e revelando a sua graça, pela bondade das pessoas do corpo clínico do hospital, incluídos médico(a)s, enfermeiro(a)s técnico (a)s, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, zeladores, maqueiros, merendeiras e todo um exército que foi levantado para cuidar de minha vida”, declarou.
Confira abaixo o depoimento na íntegra:
Hoje, 30.09.2021, após 11 dias de permanência no Hospital Dom Orione, em Araguaína, que, somados ao tempo do HGP, completam 43 dias, finalmente estou retornando ao lar. Num primeiro momento, verei filhos, noras e netos e em breves dias, estarei com a amada Igreja Batista do Centenário, em Figueirópolis e verei mais um grande número de irmãos em Cristo, parentes, amigos e conhecidos de outras cidades do Tocantins e de outros Estados. No momento, estou evitando chamadas de vídeos, pois o estar na presença de pessoas queridas provoca em mim uma reação de choro (quase infantil), e sobre a qual não tenho controle. Eu ainda não havia percebido com profundidade como as pessoas são importantes para mim. Mas uma coisa percebi: o choro agora não me causa nó na garganta, provoca vergonha ou oprime o peito. É um choro de gratidão. Aqui Deus continuou me mostrando a sua misericórdia e revelando a sua graça, pela bondade das pessoas do corpo clínico do hospital, incluídos médico(a)s, enfermeiro(a)s técnico (a)s, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, zeladores, maqueiros, merendeiras e todo um exército que foi levantado para cuidar de minha vida. Quero agradecer à irmã Isaura minha esposa que, em nenhum momento arredou o pé do leito e ao meu filho, Allan, que, representando os demais familiares, impedidos por seus afazeres, aqui se fez presente. De forma pública, peço licença para citar o pastor Carlos Iran e sua esposa, irmã Patrícia e seus filhos, ao casal querido, irmãos Elias e Lisete, aos primos Pessoa Neto, sua amável esposa Cassandra e filhas, ao irmão Herim, que nos apoiou com a sua presença, à Prefeita Jackeline, de Figueiropolis, pela sua disposição em servir, e a todos os irmãos e amigos que oraram e enviaram as suas mensagens. Também não posso deixar de citar os novos companheiros de internação, aqui mencionados de forma especial os irmãos Ediomar e Sipriano, assim como suas acompanhantes, Nazaré e Francilene e o Thalmom. Foram pessoas que Deus ali colocou para partilharmos da sua Palavra e conduzirmos aos pés de Cristo! Como descrever os onze dias passados no Dom Orione? Em minha visão, é humanamente impossível descrever o que me ocorreu, mas posso afirmar com segurança que mesmo não descrevendo é possível compreender o que Deus me permitiu experimentar. É certo que no processo de saída da anestesia, já na UTI, cada pessoa tem uma forma de reagir, porém, a minha foi, de longe uma experiência real, com Deus, no que diz respeito a “passar pelo vale da sombra da morte”, pois experimentei a sensação de quem ultrapassou o limite da resistência humana, para ser sustentado por Deus, e poder falar com toda propriedade, que ELE É REAL e que a sua presença é doce e suave. Pra mim, este momento ocorreu no pós-operatório. Ao despertar na UTI, foi quando vivenciei toda a fragilidade, dependência e incapacidade do ser humano se auto ajudar ou socorrer-se a si mesmo. É possível que Deus tenha permitido a minha chegada ali, para perceber a diferença entre um estado de sofrimento real e a manifestação da Sua graça. Ali eu me encontrei diante do alimento sem poder me alimentar, diante do ar, sem poder respirar, diante da água, sem poder beber, diante da morte sem poder morrer e diante de tudo, sem nada poder ser. Naquela condição, mas em pleno domínio de minha mente, fui levado a fazer a mais sincera oração, até hoje. Supliquei a Cristo que aquele estado fosse abreviado. Que Ele retirasse de mim toda e qualquer barreira que, porventura, me afastasse dele, pois o meu desejo era fazer uma rendição plena, para que Ele pudesse me recolher para junto de si, ou aliviar aquele estado que me envolvia, trazendo-me a sua Paz, como só Ele a tem para dar. Após esta oração, entrei em sono profundo, vindo acordar apenas no dia seguinte, já sentindo disposição para reiniciar a vida, agora, com um novo coração, no mais amplo sentido da palavra. A experiência física é dolorosa, mas a espiritual é compensadora. Eu saio da UTI compreendendo em toda a amplitude, o significado de "restaurar o vigor e ser guiado mansamente por águas tranquilas". Para sua reflexão, peço que considere o que recomenda Provérbios 4.23, “guarda diligentemente o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. A Deus todo louvor, honra e glória! (Pr. José de Arimateia).