Hospital Dom Orione realiza Cirurgia Cardíaca sem a utilização de Circulação Extracorpórea
Procedimento inovador é realizado com o coração funcionando
A cirurgia de revascularização do miocárdio, também conhecida como “ponte de safena”, é um dos principais procedimentos cirúrgicos cardíacos realizados no Hospital Dom Orione. Recentemente, a instituição tem adotado um novo método, sem uso de circulação extracorpórea, proporcionando mais segurança para o paciente.
Esta técnica, conforme explica o cirurgião cardiovascular e coordenador da equipe, Dr. Henrique Barsanulfo Furtado, teve um enorme desenvolvimento pioneiro pelo Prof. Enio Buffolo, iniciado na década de 80, proporcionando prestígio mundial a ele e à Escola Paulista de Medicina. “De 1997 a 2019, foram realizadas cerca de 7000 cirurgias utilizando esta técnica com excelentes resultados. Hoje são diversos serviços no Brasil e no mundo operam por esta técnica”, destacou.
Dr. Gualberto Salomon Rojas Llanos, cirurgião cardiovascular do Hospital Dom Orione, explica que a cirurgia de ponte de safena consiste na utilização de um segmento de artéria ou veia para desviar sangue da aorta para as artérias coronárias. Ela é indicada para pacientes com as artérias coronárias entupidas.
Durante o método tradicional de cirurgia de ponte de safena, com circulação extracorpórea, é utilizado um conjunto de aparelhos e técnicas que substituem a função de bomba do coração e respiratória dos pulmões durante o tempo principal da cirurgia. Assim, estes órgãos podem permanecer parados para a realização das pontes. Com a nova técnica, o procedimento é realizado com o coração batendo.
A cirurgia de revascularização miocárdica sem uso de circulação extracorpórea, conforme o Dr. Gualberto destaca, tem como vantagens o menor uso de transfusões sanguíneas, menor tempo de intubação, menos complicações renais e menor risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Este método vem tomando a cada dia mais adeptos nos últimos anos pelas múltiplas vantagens que proporciona”, destacou o cirurgião.
Também participaram do procedimento o cirurgião cardiovascular, Dr. Jose Darwin Rivera Rodriguez, o anestesista, Dr. Roberto Corrêa, a enfermeira instrumentadora Maria da Conceição Sousa e o técnico perfusionista, José Wilson Correia Reis.